Matilda, O ícone da minha infância.
- Laura Mendes
- 11 de nov. de 2020
- 3 min de leitura
Acho que um dos filmes que eu mais assisti/assisto até os dias de hoje seja Matilda, clássico absoluto da Sessão da Tarde. Até hoje, sei todas as falas, cenas icônicas e bem provável saber ele decorado de trás para frente. Lá na minha 3 série, para 4 , já sabia ler muito bem sozinha e não precisava mais da ajuda dos meus pais para me contar histórias, todas as terças a minha sala ia para a biblioteca da escola pegar livros e em um desses dias me encontro com “Matilda”, fiquei animada, pois nessa altura já era muito fã do filme.
Matilda conta a história de uma garotinha com seus 6 anos, que desde muito cedo foi grande amante da literatura e com apenas 3 anos de idade já lia clássicos da literatura como Charles Dickens, Jane Austen, J.R.R. Tolkein, entre muitos outros. Ela é filha do Sr. Losna e Sra. Losna, um revendedor de carros usados e uma viciada em bingo, irmã de Michael, a sua família a vê como uma “estranha” e não a tratam nem um pouco bem. Ao longo do livro vamos acompanhando as aventuras de Matilda, e principalmente depois que ela ingressa na Escola Primária de Crunchem Hall.
Os pontos que mais chamam a atenção com certeza é o fato da personagem ser uma criança tão inteligente e muitas vezes mais sabida da vida do que os próprios adultos, as travessuras que ela apronta com seu pai são uma das coisas mais geniais que já vi uma criança realizar. Desde ela colar o chapéu com super cola até o papagaio do seu vizinho “assombrar” de noite.
O arco de Crunchem Hall é um ponto essencial na trama, pois aqui vamos conhecer uma das personagens mais bizarras e casca grossa da literatura como toda, a Sra. Taurino, diretora da escola, nada agradável com seus alunos, chegando ao ponto de lança-los pelas tranças do outro lado da grade da escola ou fazerem comer um bolo INTEIRO de chocolate. A amizade de Lavanda e Matilda, e chegando na personagem mais doce possível, literalmente, Sra. Mel cria uma conexão com a personagem principal o que é algo incrível, pelo fato de ambas passaram/passam relativamente pelos mesmos problemas com suas famílias.
A escrita de Roald Dahl é maravilhosa e gostosa, quando você percebe já está no final de um capítulo, as ilustrações de Quentin Blake também são incríveis dando todo esse tom engraçado e até “bizarro” da história. Em 1996, a história foi adaptada aos cinemas com a direção do Danny de Vito, que também deu vida ao Sr. Losna nas telas e Matilda foi interpretada pela Mara Wilson, que já tinha atuado em filmes como Uma Babá Quase Perfeita ao lado do saudoso Robin Williams. Como já disse anteriormente, a adaptação de Matilda é um dos que mais assisti na minha vida inteira, tenho um carinho imenso, apesar de algumas coisas que gostaria de ter visto no filme e que tem no livro não apareceram, mas, como toda adaptação nunca é colocado 100% da obra original.
Acho que o que sempre me atraiu e deixa ainda mais apaixonada pela história é minha conexão com a personagem, desde que eu assisti o filme e depois li o livro, tive uma conexão imediata com Matilda que permaneça até os dias de hoje, mesmo passando muitos anos. É um livro e filme para todas as idades e que com certeza irá fazer todos esses se encantarem pelo brilho maravilhoso e cativante desta história.
Fontes:
Gif: Matilda, 1996, Dir. Danny de Vito, TriStar Pictures.
Foto da Capa: Arte feita por Quentin Blake.
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