Um breve resumo sobre a Diva Punk, Patti Smith
- Laura Mendes
- 5 de nov. de 2020
- 3 min de leitura
"Jesus died for somebody's sins…but not mine", esse é um dos primeiros versos do álbum de estreia mais aclamado de todos os tempos Horses, lançado em 1975.
Daqui uma semana, faz exatamente um ano que Patti Smith tocou em solo nacional pela primeira vez, no festival Popload, para aproveitar este “aniversário” necessito que preciso trazer um breve resumo de quem é uma das mulheres mais influentes da história do Rock and Roll.
Tudo se inicia em Chigago, Illions , na véspera do ano novo de 1946 vinha ao mundo Patricia Lee Smith, filha de um pai ateu e uma mãe testemunha de jeová, Patti apesar de ter nascido em Chigago foi criada em New Jersey. Desde criança sempre teve veia a artista como a própria descreve no primeiro Capítulo de seu livro lançado em 2008 “Só Garotos”, quando sua mãe lhe deu um livro sobre Frida Kahlo e Diego Rivera.
Patti era a mais velha de 3 irmãos, sua família a via como o orgulho pois fazia uma faculdade onde se formavam professoras e trabalhava em uma fábrica, uma jovem “perfeita”, mas, tudo muda quando ela acidentalmente fica grávida aos 19 anos, sem condições de sustentar um bebê, assim que dá à luz, deixa-o com uma família com condições melhores e abandona o trabalho na fábrica e a faculdade e parte para a Filadélfia em um emprego em uma gráfica de livros.
Logo após esses últimos acontecimentos, ela embarca para Nova York tentar a vida de arte, assim que chega lá conhece seu primeiro grande amor, Robert Mapplethorpe que viria a se tornar um grande fotógrafo, com quem mantem um relacionamento durante um longo tempo, apesar de Robert ser homossexual. Eles mantiveram uma amizade que dura até o fim da vida de Mapplethorpe.
Em 1975, Horses, chegava ao mundo. Catapultando a desconhecida Patti Smith para o mundo, este é considerado um dos melhores discos de estreia já feitos por um artista na história da música, até hoje ele é influente para artista como Florence and The Machine entre outras.
Depois de um acidente em um show, onde fraturou o pescoço, Patti fez uma longa pausa na sua carreira, ainda conseguiu lançar mais dois álbuns antes da década de 70 terminar.
Na década seguinte mais precisamente chegando no final dela em 89, acontece sua primeira perda grande, Mapplethorpe morre de AIDS, na próxima seu marido e irmão, essas perdas abalaram tanto Patti que ela procurou ajuda com amigos, o que a tornou ativista apoiadora de tratamento psiquiátrico para doenças mentais e para a manutenção da saúde mental e o surgimento de meios de comunicação para prevenção do suicídio.
Toda aquela veia poética que Smith carregava no seu trabalho de estreia, a fez lançar quatro livros até o presente momento, sendo eles, Só Garotos, Linha M, Devoção e O Ano do Macaco. Ela mesma admitiu que ama escrever livros e fica muito triste quando acaba um pois gosta muito da atmosfera de escrever e sempre está buscando começar outro em seguida.
Patti Smith pertence ao grupo de mulheres inspiradoras que devemos aplaudir de pé e ter admiração gigantesca, ela quebrou todos os paradigmas que eram estabelecidos , desde sempre as pessoas falavam que ela não era “feminina demais” ou “bonita demais” para conseguir arrumar um homem ou uma carreira, Foi se encontrando em todos os tipos de Arte, desde a pintura até a música, sempre levou-a como sua enorme paixão e nunca abandou ou desistiu de alcança-la passando por todas as situações possíveis, e até mesmo com a perda de entes tão importantes e passando por um momento tão delicado e conturbado, fez de seu luto ainda mais Arte.
Abaixo se encontra o link para ouvir Horses no Spotify. ;)
Fontes :
Foto da Capa por Robert Mapplehorpe, 1975.
Matérias auxiliares :
Livro Só Garotos, 2008. Lançado no Brasil em 2010 pela Companhia das Letras.
Comments